segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Fatores negativos das mudanças no mercado segundo comerciante local.

As recentes mudanças no Mercado Municipal de Uberlândia não têm agradado a todos os comerciantes do local. A forte regulação do governo e a perda de variedade em produtos foram alguns dos pontos negativos destacados em entrevista com uma comerciante que preferiu não ser identificada.

De acordo com a entrevistada, a Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais tem imposto várias barreiras aos produtos comercializados no Mercado. Um dos exemplos é o queijo, que atualmente tem que ser vendido embalado, não pode ser curado, e na sua produção tem que se utilizados alguns produtos químicos exigidos pela Vigilância.

A entrevistada, que está sendo autuada pelo Ministério Público, reclama da falta de informação e de avisos prévios por parte do governo. Segundo ela, a Vigilância e a promotoria do estado autuaram e recolheram seus produtos sem nenhum tipo de aviso prévio, ela reclama também da utilização de policiais na ação da retirada dos produtos.

Para a entrevistada, o Mercado perdeu muita variedade de produtos com a regulação da Vigilância, pois atualmente o Mercado não dispõe de nenhum açougue e teve reduzido o número de restaurantes que ofereciam comidas típicas. Para ela, hoje o mercado se resume em vender doces, queijos e artesanato, e isso faz com que o público do Mercado seja mais de turistas do que de moradores da cidade.

Contudo, a entrevistada afirma que o relacionamento entre os comerciantes do local é bastante agradável e que o seu comércio no Mercado tem um grande significado em sua vida, pois além de ser um comércio passado de geração pra geração em sua família, é dele que obtém os recursos financeiros para sustentar sua família. 

Autoria: Rafael Fares

Arquitetura do local.

O mercado cresceu à medida que a cidade de Uberlândia crescia. Em vista disso, foi no governo de Tubal Vilela (1951-1955) que foi construído um prédio anexo ao mercado voltado para a avenida Getúlio Vargas. Este prédio serviria para abrigar um restaurante popular e uma estufa para o amadurecimento de verduras.

Tal prédio era composto por um pavimento térreo encimado por um terraço aberto que dava acesso à três salas cobertas com laje, situadas na extremidade esquerda da fachada voltada para a Avenida Getúlio Vargas. O acesso ao segundo pavimento se dava pela rampa lateral ao prédio.

Só que o projeto de extensão não foi concluído, e o pavimento térreo foi transformado em um local para abrigar algumas novas lojas, enquanto o superior foi cedido à UESU.


Autoria: Carlos Batista

Curiosidade histórica.

O mercado municipal funcionou por mais de seis décadas como comércio hortifrutigranjeiro.

Autoria: Carlos Batista

Curiosidade histórica.

O mercado municipal, inicialmente, foi projetado para abrigar os vendedores ambulantes que haviam na cidade de Uberlândia.

Autoria: Carlos Batista

sábado, 7 de dezembro de 2013

Alguns dados históricos.

O mercado municipal foi construído no governo do prefeito Vasconcelos Costa, em 1944, apesar da sua autorização de construção ter saído em 1923. Quando construído, o local servia como centro atacadista, porém, em 1977, essa função foi transferida para outro local: o Ceasa. Na época em que o mesmo foi construído, sua arquitetura moderna, atraía vários comerciantes e produtores rurais em geral.

A construção desse local foi pensada, por também, representar uma forma de modernização da cidade além de colaborar com o aspecto da higienização da cidade, uma vez que os produtos rurais seriam comercializados em apenas um local e de forma organizada. Esse pensamento da higienização apareceu na época em que a cidade era administrada pelo farmacêutico João Severiano Rodrigues da Cunha, que havia residido na cidade do Rio de Janeiro e vivenciado ações da Revolta da Vacina. Após o pólo de centro atacadista ser mudado para o Ceasa, o mercado municipal supriu outra necessidade atraindo comerciantes de vendas que se instalaram no local.

Em 2002 o Mercado foi tombado como patrimônio cultural de Uberlândia e em 2005 começou a ser reformado e restaurado.

Atualmente o local conta com restaurantes de comidas de várias nacionalidades, tabacaria, lojas de artesanato, galeria de arte, venda de produtos mineiros, loja de artigos religiosos com livraria, casa típica de cachaça, barbearia, sapataria, entre várias outras características de vendas. No local ainda acontece férias gastronômicas, apresentações artísticas, além de outros eventos culturais.

Autoria: Alexandre Martins

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Entrevista com dona Yara.

Entrevistamos a comerciante Yara, responsável pela loja Yara Artesanatos e Roupa Indiana, do mercado municipal.

Dona Yara se declara comerciante no mercado municipal há 17 anos, e na entrevista conta sobre as mudanças que observou durante a sua permanência no local. Nela, dona Yara também fala um pouco sobre o perfil do consumidor.

Confira a entrevista com dona Yara no vídeo abaixo!





Autoria: Luana Daud